Entrevista com Kirk Hammet (Metallica) e Adam Jones (Tool)


A matéria de capa da revista Guitar World em abril deste ano trás 2 deuses da guitarra: Kirk Hammet do Metallica e Adam Jones do Tool. Eles falam sobre surfar juntos no Havaí, fãs obsessivos, e símbolos cults. Algumas partes do artigo seguem abaixo.

Jones: “ Nós abrimos para o Metallica na Coréia e decidimos ir ao Havaí para fazer alguns shows. Kirk estava indo ao Havaí, também, mas eu não o vi no nosso vôo. Depois que pousamos, eu estava pegando minhas malas quando senti um tapa no ombro. Era o Kirk, e ele disse, “Você é o guitarrista do Tool? Eu amo sua banda. Você quer jantar hoje? E eu fiquei tipo, Claro!”

Ele me emprestou uma prancha longboad e me levou a esse local dos surfistas oldschool. Eu sou da Califórnia, então eu nunca tive de remar por mais de 30 minutos [risos]. E você tem que ir muito longe em Waikiki para pegar ondas boas. Meus braços estavam muito cansados, e eu estava preocupado em parecer um fracote!”

Guitar World: Eu gostaria de saber, em sua opinião, quais são os altos e baixos em ser um fenômeno cult?

Jones: “[risos] Eu sei, desculpe. Eu acho que o baixo é que há uma grande possibilidade de você esquecer suas raízes e o porque começou a tocar. É importante sempre lembrar onde sua cabeça estava quando tudo começou, porque quando você fica famoso e desgastado é fácil de esquecer de como era excitante quando você estava rascunhando as suas primeiras músicas. E é por isso que a minha banda e a dele [Kirk] voltaram aos velhos tempos para se encontrar com aquele momento de novo. Nós fazemos isso para não ficar escrevendo sempre as mesmas coisas e faz sucesso e começa a soar como uma banda cover da própria banda. Nós temos que constantemente voltar atrás para nos encontrar.”

Hammett: “Eu acho que o Death Magnetic é o Metallica voltando atrás aos nossos dias mais cultos, também. Eu não sei se podem dizer que nossas banda são cultas agora, por sermos populares agora. Você pode ser uma banda popular e cult ao mesmo tempo? Eu não sei.”

Jones: “Depende a quem você perguntar. Eu acho que a palavra “cult” vem de outra perspectiva. Quando alguém de fora olha para o Metalica ele dirá que a banda tem traços de cult. https://i0.wp.com/i232.photobucket.com/albums/ee258/TomBandfield/AdamJones.jpgPorque o Metallica teve anos de sucesso e se dedicou a uma base de fãs, pode-se dizer que as pessoas os seguiram as cegas, eu não acho que isso seja correto. Nós [Tool] também passamos por isso. Eu ouvi coisas como, ‘Como pode uma banda que muitas pessoas nunca ouviram falar ganhar disocs de ouro e de platina?” Então eles dirão, ‘É porque o Tool é uma banda voltada para um estilo estranhanhamente cult ‘ Para mim é apenas um termo que as pessoas usam para descrever algo que elas não conseguem explicar direito…… o que não é necessariamente alguma coisa de banda.”

Parte abaixo retirada do site Metal Remains

Guitar World: Parece que uma banda cult pode se tornar um alvo fácil para fãs descontentes quando ela cresce além da sua “banda de estimação”.

Hammett: “Eu sei que muitas das pessoas que são do tipo cult são realmente obsessivas. Elas realmente querem uma determinada coisa, ou sentimento, e elas acham essa coisa em uma banda. Quando a banda cresce – e talvez mais inacessível pessoalmente como resultado – essas pessoas cults tentam ainda mais se envolver nessa coisa ou sentimento da banda. Há um certo tipo de pessoa que é obcecada pelo Metallica, que passa todo seu tempo tentando tirar essa coisa de nossa música, e quando eles não conseguem, eles ficam putos de jeito passional. [risos]”

Jones: “Para mim, não há nada de errado com obsessão desde que você tire algo disto que é positivo. E quando suas expectativas são frustradas porque você não gostou desde disco tanto quando o último… Bem, você precisa perdoar um pouco mais, ou seguir adiante.”

Hammett: “‘Perdoar’ é a totalmente a palavra certa, porque no fim, é só música. Você consegue superar isso.”

https://i0.wp.com/gamesnet.vo.llnwd.net/o1/gamestar/objects/158195_main.jpgGuitar World: Falando de assuntos misteriosos, Kirk, você trouxe uma guitarra ESP bem louca, que tem tudo a ver com esse tema de heróis cult.

Hammett: “É mais heróis ocultos. [risos] Basicamente, para esta guitarra, eu dei ao artista Mark Ryden uma lista de tópicos, e eu disse, ‘traduza estas idéias em sua visão e pinte-as na guitarra’. Há uma abelha, que é o símbolo da sabedoria; o corvo, simbolizando o conhecimento secreto; e o olho que tudo vê, simbolizando o conhecimento universal. Caduceus simboliza a árvore da vida, mas se você perceber, ele também relembra uma cadeia de DNA. Então há a mão dos céus, a rosa Rosa-cruz e meu símbolo astrológico, Escorpião, além de caveiras aleatórias e um yin-yang. É cheio de simbolismos de numerologia, astrologia, ocultismo e religião.”

Jones: “É uma guitarra espetacular. Eu amo todas as fontes de luz saindo de uma forma feminina, e o design no centro, que eu vejo como uma coisa de vida-e-morte. Mark Ryden é realmente o ícone desse movimento artístico underground atual, e ele pavimentou o caminho para muita gente que tem abordagens similares. Eu vi suas pinturas pessoalmente em Seattle, e ele é um mestre no que faz. Eu estou feliz que ele esteja sendo reconhecido atualmente. E Kirk irá tocá-la e arranhar tudo? Ele deveria colocar em um vidro e pendurar em sua parede. Ou melhor ainda, dar pra mim. [risos]”

Hammett: “Ela verá um pouco de gasto e uso, mas este é seu propósito. Além disso, Mark disse que ele daria retoques quando precisar.”

Guitar World:
Parece que vocês dois são bem interessados em estudos de filosofias herméticas. Vocês acham úteis para dar ordem a suas vidas fora do mundo da música, também?

Jones: “A ordem já está lá. Nós só estamos nos alertando disso. Geometria sagrada é basicamente estudar qualquer coisa e quebrá-la a sua forma mais pura, seja um símbolo, forma, cor, vibração ou som. É isto que nossa vida é. Exterioriza quem nós somos como pessoas, a terra ou o universo, em uma realidade espiritual ou até uma realidade coletiva inconsciente.”

Guitar World:
Voltando a sua guitarra, Kirk, o que especificamente te fascina no simbolismo?

Hammett: “Bem, a respeito do simbolismo, há várias escolas de pensamento, por exemplo sobre como as cores podem influenciar em seu humor ou perspectiva. Símbolos diferentes, como o olho que tudo vê ou a rosa, ativarão coisas diferentes em seu psicológico ou inconsciente. Todas essas coisas são influentes em algum nível e tem um impacto na pessoa exposta a isso, seja no nível quântico ou um nível mais perceptível. Eu realmente tenho interesse nesse tipo de coisa. Outro bom exemplo disto é o uso de Jimmy Page do selo Zoso, que ele escreveu em sua roupa. Ele achou que isso ajudaria sua música e direção artística. Eu sou totalmente ligado em como certas imagens podem influenciar no subconsciente. De maneira bem básica, se essa guitarra fosse brancona, eu teria uma sensação totalmente diferente a respeito dela. O fato de que ela tem esse desenho incrível me inspira e me move.”

Continue lendo (em inglês) aqui.

Traduzido de Blabbermouth

2 Comentários

  1. KIRK HAMMENT simplesmente o mair guitarrista da históriada musica.ele é demais o mais rapido de tudo.

  2. vi ele tocar no morumbi, realmente toca muito !


Comments RSS TrackBack Identifier URI

Deixe um comentário